Ano Novo,Vida Nova?...Será Mesmo Necessário?...
...Ou Antes Será Apenas Preciso, Virar a Visão Da Vida De Pernas Para O Ar?...
Pois é a pergunta que faço a mim mesma e aos meus leitores...
Sempre a exigirmos que a Vida mude, sem antes termos até desfrutado
e aproveitado até ao tutano, o que a actual vida nos dá....
Há dias estive a ler um livro (Do Riso e da Loucura) que descrevia a interpretação de Hipócrates (o "Pai da Medicina") sobre a suposta loucura de Demócrito, que se ria desabridamente das desgraças dos Homens da sua época, e portanto todos os habitantes da cidade, muito preocupados com as atitudes do sábio Demócrito, chamaram Hipócrates para que o curasse de tamanha desgraça de doença.
Depois de algumas aventuras até chegar à morada do sábio, Hipócrates ao falar com ele começou a aperceber-se que afinal Demócrito estava mais são do que nunca, pois ele ria-se das preocupações e exigências insanas dos habitantes de Abdera:
Dizia ele:"...então os Homens ora querem riquezas e fama, para depois as esconderem com medo das invejas...querem mulheres e conforto, para logo depois as acusarem de adultério...querem filhos para depois os abandonarem ou acusarem de usurpação do poder paterno...então, Grande Hipócrates, para que querem os Homens as coisas e as pessoas, para logo se aborrecerem e estarem permanentemente insatisfeitos com o que a Vida lhes dá, que eles pedem, sem mesmo saborearem a vida que têm,sem a mastigarem e retirar-lhes o suco?..."
Da mesma forma a grande maioria das pessoas faz votos de "ANO NOVO, VIDA NOVA...",
mas aquela VIDA que têm nas mãos, mal a conhecem ou a vivem...
Será mesmo que precisamos de uma VIDA NOVA, ou apenas VIRARMOS DE PERNAS PARA O AR, a VISÃO da VIDA que temos? Fazermos novas INTERPRETAÇÕES com os pensamentos e sentimentos, e aí sim...deitarmos fora as interpretações velhas que só causaram sofrimento.
Pois a Vida na sua ESSÊNCIA é perfeita!
Não é boa nem é má...
Ela é aquilo que interpretarmos dela...
Que a sua nova VISÃO da vida seja clara,amorosa e nítida, no Novo Ano e Sempre!
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